Meninos tristes

Meninos tristes


Que tristeza é essa que te consome , filho , que a mão da sua mãe
não consegue alcançar?
Por que não me conta qual assombro te pegou de supetão?
Qual pestanejar eu não vigiei?
Porque desde muitos anos , e eu nem sei qdo isso começou,
assim vivo em eterna vigília.
Uma guarda contínua , um trabalho
ininterrupto.
Um eterno zelo.
Filho reage e retorna o teu caminho.
Sua mãe te ama!

Em construção

PÁGINA EM BRANCO

QUAL UM PRANTO

SOMBRA DE REBANHO

SEM ENFADONHO

PERCO OS LÍRIOS SUJOS DITOS

ABORREÇO O ALVOROÇO

ROSTO SEM ESBOÇO

CAVALGO POR DESERTOS ESTÉREIS

FRISAS DE UNHA PERDIDAS A BAILAR

BRILHAS E FAGULHAS A DOURAR

CAMINHO POR RUAS , TEIAS , SEIOS

ACORDO E DESBOTO NO ALVORECER

VISTO E DESNUDO CADA GOTA SUADA BORDADA DEDILHADA

DEDILHOS PEQUENAS GOTAS

TAL COMO BRISA FINA

DITA EM CADA FOLHA

TOLA SOFREGA

ACORDO NUM BREJO

ACORDO E JÁ ME VIRO

LEVE COMO SUSPIRO

RESPIRO

HUM

PÁGINA EM BRANCO
QUAL UM PRANTO
SOMBRA DE REBANHO
SEM ENFADONHO
PERCO OS LÍRIOS SUJOS DITOS
ABORREÇO O ALVOROÇO
ROSTO SEM ESBOÇO
CAVALGO POR DESERTOS ESTÉREIS
FRISAS DE UNHA PERDIDAS A BAILAR
BRILHAS E FAGULHAS A DOURAR
CAMINHO POR RUAS , TEIAS , SEIOS
ACORDO E DESBOTO NO ALVORECER
VISTO E DESNUDO CADA GOTA
SUADA BORDADA DEDILHADA
DEDILHOS PEQUENOS GOTAS
TAL COMO BRISA FINA DITA
EM CADA FOLHA TOLA SOFREGA
ACORDO COM UM BEIJO
ACORDO E JÁ ME VIRO

O RENASCER

QUERIA NESSE RASGO DE TEMPO TE MANDAR NOTÍCIAS AQUI DE ALÉM MAR.
DE TUDO QUE ACONTECEU.
DO TEMPO QUE TEIMA EM SEGUIR IMPIEDODO SEGUNDO APÓS SEGUNDO DEIXANDO MINHAS LEMBRANÇAS PÁLIDAS.
TENHO ANOITECIDO DIARIAMENTE E O QUE ME RECORDO JÁ ME PARECE UM FUTURO PRÓXIMO. UM PRETÉRITO.
PREPAREI UMA CARTA DETALHADA.
QUERIA TE CONTAR O DIA-A-DIA E O QUE SE OCUPOU NO VAZIO QUE A SUA AUSÊNCIA CAUSOU , QUAL UM NAVIO APÓS NAUFRAGAR.
PRECISEI CONSTRUIR UM CASTELO DE PEDRA E SOLTAR VÁRIAS AMARRAS NA ESPERANÇA DE PODER RESPIRAR AGORA LIVRE.
PRECISEI SOFRER CADA DOR QUE CADA LÁGRIMA ME COBRAVA.
PRECISEI DE TUDO ISSO PARA RENASCER MUDA,NUA,SUJA MAS APENAS DO QUE PERTENCE A MIM
MESMA.

sem

Joguei essa corda de nós para alcançar o que está tão além.

Minha alma agora repousa nesse tear de linho.

Carrego nos braços a minha fadiga tão ofegante e fria.

Deito seu cansaço na prata da água onde mora essa lua absurda.

Exausta me acomodo ao lado e largo os braços ao longo do infinito.